A importância da Saúde Natural para as Pessoas Altamente Sensíveis

A importância da Saúde Natural para as Pessoas Altamente Sensíveis

Como em muitos aspetos da vida, a Alta Sensibilidade também influencia a saúde natural por um lado, e a reação às formas que usamos para nos tratar, por outro.

Já no seu livro de Psicoterapia e as Pessoas Altamente Sensíveis a Dra Elaine Aron — psicóloga clínica que deu nome a este traço de temperamento nos anos 90 — refere que o organismo das PAS é mais sensível à medicação. Ela explica que quando esta é necessário, deveria ser administrada em doses mais baixas e gradualmente, de forma a não causar reações adversas no organismo sensível.

Pessoalmente entendo bem o que a Dra Elain Aron diz porque desde nova o meu corpo reagiu sempre mal a qualquer medicação farmacêutica. Lembro-me quando na juventude tentei recorrer à pílula contracetiva e passados três dias senti um aperto no peito que não me deixava respirar.

O mesmo aconteceu quando um dia tomei um comprimido que então se usava para aliviar os sintomas da gripe: de novo, aperto no peito, não conseguia respirar até à totalidade sem sentir uma pontada no tórax.

Mas, a realidade é que também tive a sorte de nascer numa casa em que se privilegiavam os remédios naturais. Penso que isso, aliado à

(1) minha má reacção aos medicamentos farmacêuticos,

(2) a minha veia ambientalista,

(3) a minha empatia de querer ajudar,

fez com que após mais de uma década dedicada à investigação científica, me decidi por estudar terapias naturais.

E por estes caminhos já publiquei dois guias de remédios naturais e dois diários de desenvolvimento pessoal.

Mas então como pode uma PAS contribuir para a sua saúde natural? Que fatores a ter em conta? Abaixo partilho contigo 3 passos importantes nesse sentido.

  1. APOSTA NA PREVENÇÃO


    O velho adágio “mais vale prevenir que remediar” continua vigente. De facto, segundo a Organização Mundial de Saúde, 80% das doenças são prevenidas através de um estilo de vida saudável. No meu entender a percentagem é ainda maior!

    Consumir uma dieta saudável e equilibrada, fazer exercício físico regular, apostar num sono reparador, praticar técnicas de meditação e relaxamento, estar em contacto com a natureza, respirar bem, … Enfim, há muita coisa que podemos fazer por nós.

    Caso contrário vamos estar sempre à espera que seja um agente externo a “tratar-nos” ou “curar-nos”.

    Não te esqueças que a saúde está nas tuas mãos!

  2. ENTENDE QUE FUNCIONAS COMO UM TODO


    Todas as pessoas são seres complexos e sistémicos (vivemos integrados num sistema; por exemplo, família, trabalho, relações). Assim, uma dor no ombro pode não estar diretamente relacionada com uma condição fisiológica nessa parte do corpo. Pode sim estar relacionada por exemplo, com a crença que “tenho de carregar o peso da responsabilidade de tudo e todos nos meus ombros”.

    Por isso, torna-se importante entender que somos seres holísticos (integrais) e que a saúde também o é. Muitas vezes perante uma condição de saúde, há que entender o aspeto não só físico, mas também mental e emocional da questão.

    Entende melhor como funcionas, o que te stressa, quais os teus limites saudáveis, trabalha a tua autocompaixão e autoestima, reconhece os teus desafios,

    Conhece-te melhor. Tudo isso vai contribuir para a tua saúde como um todo.

  3. O NATURAL COMO PRIMEIRA ABORDAGEM


    Quando tiveres uma quebra na tua saúde & bem-estar, sempre que possível recorre em primeiro lugar a uma abordagem natural, que é menos agressiva e invasiva para o organismo.

    Adicionalmente, os tratamentos naturais em vez de simplesmente reprimirem sintomas, contribuem para estimular o poder natural de cura do organismo – Vis medicatrix naturae.

    De referir também, que assim não estarás a contribuir para poluir o ambiente com os vestígios de medicamentos que surgem nas eliminações de quem os toma e têm um impacto tremendo na fauna e a flora natural.

    Ou seja, estás reduzir a tua pegada ecológica e a apostar num planeta mais saudável. E isto é fantástico!

    E se não sabes por onde começar, os meus Guias de Remédios Naturais são um ótimo ponto de partida para principiantes e profissionais.

    O Guia de Remédios Naturais para Crianças (e adultos também) está publicado em Portugal (Ed. Nascente – Grupos Editorial Penguin) e no Brasil (Ed. Cultrix – Grupo Editorial Pensamento).

    O Guia de Remédios Naturais para Mulheres está publicado em Portugal e pode ser enviado para todo o mundo a partir desta livraria online: AQUI

A doença é o resultado dos erros que nos levam a viver em constante conflito com a nossa natureza.

Manuel Lezaeta

E tu, como é que costumas cuidar da tua saúde? Como reages ao tipo de remédios que usas? Partilha na secção de comentários a tua experiência.

NOTA: Deixo a chamada de atenção que, se estás a tomar um medicamento farmacêutico, não deves parar a sua toma sem um programa de descontinuação elaborado pelo profissional de saúde que o tenha receitado.

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2 thoughts on “A importância da Saúde Natural para as Pessoas Altamente Sensíveis

  1. Não sabia que as PAS poderiam reagir de forma mais sensível à medicação! Faz sentido.

    Pessoalmente, considero que tolero bem os medicamentos mas desde sempre tento evita-los ao máximo ou usá-los o menor período de tempo possível. Sinto que estou a por químicos no corpo e que, apesar de estar a tratar determinado órgão estou a contribuir para a degradação de outro!. É uma sensacao estranha, mais psicológica do que física, na verdade. Em 2020 decidi deixar a pílula contraceptiva e é incrível como só agora nesta idade (quase 30) estou a comecar a conhecer o meu corpo.

    Obrigada pelo post, vou continuar a procurar por este tema.

    1. Olá Laura e obg pela partilha,
      A sensação que descreve sendo mais “psicológica” pode ser também somática. As PAS sentem muitas vezes o seu corpo de uma forma mais profunda. Por exemplo, podem sentir as batidas do coração ou sentir quando um orgão está afetado. Quanto mais entramos em sintonia com o corpo-mente através de práticas de atenção plena (mindfulness), mais vamos entender as nossas sensações e distrinçar as somáticas das “psicológicas”.
      É uma jornada de descoberta sem dúvida. Bem-vinda a esta jornada.
      Namaste do coração, Sofia

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